quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Geração Anônima

Cleiton Gerber
Diana M Pelozato


A um bom tempo acreditamos que a juventude brasileira está afastada das questões políticas. Essa é uma geração sem identidade, ninguém mais se sente indignado com as atrocidades feitas contra nosso país.
A falta de conhecimento permitiu que o jovem fosse manipulado, tornando-o alienado política e culturalmente.

Na semana passada esse pensamento nos retornou a mente, quando ao participar de um evento, onde várias palestras abordavam diversos temas de interesse dos jovens, o que mais nos chamou atenção foi a forma como eram proferidas. Praticamente todas, com a exceção de apenas uma (que foi contratada), ao invés de politizarem o jovem, tinham como foco uma lavagem cerebral, muito parecida com aquelas que vemos no cinema, gritos de guerras, palavras de ordem, sugestões de ataques a oposição, e por ai vai. Parecia mais um campo de treinamento de terroristas, onde todos bradavam a cada nova afirmação de que o inimigo deve ser atacado com todas as forças.

Isto nos fez pensar sobre o que estão fazendo com a cabeça e a ideologia do jovem, falam em democracia, mas não admitem e muito menos reconhecem o trabalho positivo realizado pelos adversários políticos.

Ao que parece estamos formando jovens partidários alienados a real ideologia política que derrubou a ditadura no Brasil. O que aconteceu com os movimentos independentes, culturais e artísticos, que conquistaram em meio a um banho de sangue e Censura o direito a liberdade de expressão?

Vivemos em um país de jovens comandados por caciques articulados e manipuladores que não medem esforços para vestirem a roupa de cordeiro enquanto em seus corações há raposas ferozes e prontas para consumir uma cabeça desinformada.
A falta de conhecimento permitiu que o jovem fosse manipulado, tornando-o alienado política e culturalmente.

Apesar de não querer acreditar, muitas vezes ouvimos que o movimento dos “Caras Pintas” não passava de um medíocre ataque pensado e organizado por partidos políticos, que usam o jovem “idealista” no auge do fervor por um país melhor como arma nessa guerra fria e suja que promovem entre si.

A única forma de acabar com a alienação dos jovens é desenvolver a consciência política através da educação. Inserir nos jovens a importância do voto, as conseqüências de suas ações, a responsabilidade social e principalmente a democracia.
A alienação política gera os frutos da corrupção.
Somente quando os jovens forem Politizados e não Alienados é que podemos ter um país justo e ético.

Terminamos este texto deixando uma pergunta que ainda não conseguimos responder: Onde está a identidade dessa geração?

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Exatamente...
"A alienação política gera os frutos da corrupção.
Somente quando os jovens forem Politizados e não Alienados é que podemos ter um país justo e ético"
Acho que depois disso, podemos descobrir aonde está a identidade dessa geração...
Parabéns!

Abraços
Marina

5 de novembro de 2009 às 14:21

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